Cultura
Novo filme de Chalamet "Marty Supreme" é resistência à passividade
O novo filme protagonizado por Timothée Chalamet, "Marty Supreme", apela a resistir à passividade e sonhar em grande, numa altura em que a cultura não o incentiva, disse o realizador Josh Safdie.
"Penso que a ambição é uma característica importante que todos devemos cultivar", afirmou o cineasta, numa conferência de lançamento em que a Lusa participou. .
"E algo que tenho observado entre os jovens que assistem ao filme é que se sentem motivados a insurgir-se contra uma passividade que se generalizou na cultura", acrescentou.
"Marty Supreme" tem estreia marcada para os cinemas portugueses a 22 de janeiro e conta a história de Marty Mauser, um vendedor de sapatos na Nova Iorque de 1952 que tem o sonho de se tornar campeão mundial de ténis de mesa.
O personagem é baseado de forma livre em Marty Reisman, um prodígio de ténis de mesa, e desconcerta a audiência com um carisma e ambição que o levam a tomar decisões questionáveis e moralmente ambíguas.
"Vemos um jovem que está disposto a fazer o que for preciso para realizar a melhor versão de si próprio, mesmo que isso signifique fazer coisas que põem em risco a sua vida", descreveu Josh Safdie.
"Uma das lições do filme é evitar a passividade", defendeu.
O realizador escreveu o argumento em parceria com Ronald Bronstein, repetindo a dupla por detrás de "Uncut Gems" (2019), e incluiu uma visão da identidade judaica no pós-Holocausto.
"É, de muitas formas, uma história sobre a experiência judaica", apontou Ronald Bronstein na conferência.
"A psicologia de um judeu no pós-guerra tinha a tensão de estar consciente da tentativa recente de aniquilação e, ao mesmo tempo, procurar a assimilação", referiu.
O filme alude a um jogador de ténis de mesa judeu, Alojzy Ehrlich, que sobreviveu ao campo de concentração de Auschwitz devido à sua fama. A perseverança de Marty Mauser aparece ligada à identidade judaica, algo que ele mesmo descreve a certa altura.
"Fizemos muita pesquisa e aplicámo-nos do ponto de vista emocional para ver o mundo através deste personagem e entender o que era ser um homem demasiado jovem para lutar na guerra, mas que viu o seu povo sobreviver", acrescentou Josh Safdie.
"Foi o primeiro momento dentro da cultura judaica assimilada em que se vislumbrou o conceito do que poderia ser o orgulho judaico, porque sobreviveram", referiu.
Safdie descreveu Chalamet como um ator que também tem uma urgência e desejo de ser a versão suprema de si próprio.
"Ele é muito sério em cena, odeia disparates e pessoas que não levam a arte a sério", disse o realizador. "Mantém-se muito concentrado o tempo todo", sublinhou.
Além de Chalamet, a outra grande estrela do filme é Gwyneth Paltrow, que dá corpo a uma atriz muito famosa, Kay Stone, que se envolve com Marty Mauser apesar de ser casada com o milionário Milton Rockwell (Kevin O`Leary).
O elenco inclui ainda Odessa A`zion, Abel Ferrara e Tyler, The Creator, que se estreia no cinema, no papel de um taxista.
"Marty Supreme" está nomeado para oito prémios Critics Choice Awards, cuja cerimónia será a 04 de janeiro, e três Globos de Ouro, que serão entregues a 11 de janeiro, em Los Angeles.
"E algo que tenho observado entre os jovens que assistem ao filme é que se sentem motivados a insurgir-se contra uma passividade que se generalizou na cultura", acrescentou.
"Marty Supreme" tem estreia marcada para os cinemas portugueses a 22 de janeiro e conta a história de Marty Mauser, um vendedor de sapatos na Nova Iorque de 1952 que tem o sonho de se tornar campeão mundial de ténis de mesa.
O personagem é baseado de forma livre em Marty Reisman, um prodígio de ténis de mesa, e desconcerta a audiência com um carisma e ambição que o levam a tomar decisões questionáveis e moralmente ambíguas.
"Vemos um jovem que está disposto a fazer o que for preciso para realizar a melhor versão de si próprio, mesmo que isso signifique fazer coisas que põem em risco a sua vida", descreveu Josh Safdie.
"Uma das lições do filme é evitar a passividade", defendeu.
O realizador escreveu o argumento em parceria com Ronald Bronstein, repetindo a dupla por detrás de "Uncut Gems" (2019), e incluiu uma visão da identidade judaica no pós-Holocausto.
"É, de muitas formas, uma história sobre a experiência judaica", apontou Ronald Bronstein na conferência.
"A psicologia de um judeu no pós-guerra tinha a tensão de estar consciente da tentativa recente de aniquilação e, ao mesmo tempo, procurar a assimilação", referiu.
O filme alude a um jogador de ténis de mesa judeu, Alojzy Ehrlich, que sobreviveu ao campo de concentração de Auschwitz devido à sua fama. A perseverança de Marty Mauser aparece ligada à identidade judaica, algo que ele mesmo descreve a certa altura.
"Fizemos muita pesquisa e aplicámo-nos do ponto de vista emocional para ver o mundo através deste personagem e entender o que era ser um homem demasiado jovem para lutar na guerra, mas que viu o seu povo sobreviver", acrescentou Josh Safdie.
"Foi o primeiro momento dentro da cultura judaica assimilada em que se vislumbrou o conceito do que poderia ser o orgulho judaico, porque sobreviveram", referiu.
Safdie descreveu Chalamet como um ator que também tem uma urgência e desejo de ser a versão suprema de si próprio.
"Ele é muito sério em cena, odeia disparates e pessoas que não levam a arte a sério", disse o realizador. "Mantém-se muito concentrado o tempo todo", sublinhou.
Além de Chalamet, a outra grande estrela do filme é Gwyneth Paltrow, que dá corpo a uma atriz muito famosa, Kay Stone, que se envolve com Marty Mauser apesar de ser casada com o milionário Milton Rockwell (Kevin O`Leary).
O elenco inclui ainda Odessa A`zion, Abel Ferrara e Tyler, The Creator, que se estreia no cinema, no papel de um taxista.
"Marty Supreme" está nomeado para oito prémios Critics Choice Awards, cuja cerimónia será a 04 de janeiro, e três Globos de Ouro, que serão entregues a 11 de janeiro, em Los Angeles.